quinta-feira, 10 de novembro de 2011

As 5 diferenças entre os VENCEDORES e OS PERDEDORES !!!!

                       As cinco diferenças entre os vencedores e os perdedores


Rosabeth Moss Kanter, professora de Gestão em Harvard, mostra algumas situações que diferenciam as empresas de sucesso das outras


Extraído do site: http://www.afministradores.com.br/

Muito boa leitura. Excelente artigo. Eu indico!!!!!!


Indiscutivelmente vivemos em um mundo globalizado. Informações de todos os tipos estão mais acessíveis, estamos conectados a qualquer parte do mundo em minutos, bolsas de valores ascendem e derrubam empresas em poucas horas. E nessa atual conjuntura, tornou-se cada vez mais necessário lidar com problemas, superar obstáculos e resistir à pressão de situações adversas. - Veja aqui a cobertura completa da HSM ExpoManagement 2011

É nesse momento que ter uma atitude proativa e por em prática a resiliência, pode fazer a diferença para o sucesso de uma empresa, afirma Rosabeth Moss Kanter, professora de Gestão em Harvard e eleita pelo The Times de Londres uma das "50 mulheres mais poderosas do mundo". Em palestra na ExpoManagement, ela ressaltou em cinco tópicos as principais diferenças que fazem equipes e empresas serem vencedoras ou perdedoras.

1 - Vencer é muito melhor do que perder

"Vencer produz um comportamento melhor, facilita as ações, passa confiança", destaca a professora. Para ela, os líderes devem instigar esse sentimento de vitória, enfatizando as conquistas já realizadas e mostrando que é possível conquistá-las novamente.

2- Vencer requer muito trabalho "Vencer significa trabalho árduo, disciplina, métricas e profissionalismo", destaca a professora. Ela afirma que as empresas que permanecem no topo são obcecadas pela vitória. Rosabeth Moss Kanter, professora de Gestão em Harvard, mostra algumas situações que diferenciam as empresas de sucesso das outras (Imagem: Divulgação/HSM Brasil)

3- Ter uma equipe forte em vez de um talento

Rosabeth explica que as equipes de destaque nem sempre possuem os melhores jogadores, o que elas têm são as melhores equipes. "Não é o talento individual, é o talento coletivo que faz a diferença em equipes vencedoras e empresas vencedoras". A professora de Harvard indica que nos times perdedores, cada um joga por si e não é estimulado à cultura do aprendizado e o trabalho coletivo.

4 - Os vencedores pensam pequeno e pensam grande "Tudo bem, as metas têm que ser grandes, mas você precisa ter objetivos pequenos, fazer por etapas [...]. Às vezes uma pequenas ideia, uma pequena sugestão pode crescer e fazer um sucesso estrondoso", indica Rosabeth Kanter. Ela destaca o exemplo da IBM que fez um trabalho de resiliência, envolvendo seus funcionários, e passou a atuar em outras áreas da tecnologia por conta da ideia de muitos desses colaboradores. "Essas ideias que emergem podem se tornar importantes e acabar fazendo com que os vencedores continuem vencendo", ressalta.

5 - Saber encarar a derrota "Os problemas vão acontecer de qualquer lado, as pisadas de bolas, as escorregadas. Até equipes vitoriosas tem defeitos, mas elas enfrentam esse problema com rapidez", afirma Rosabeth. E ela indica que isso acontece nas equipes bem sucedidas pois existe uma comunicação integrada, uma participação maior do grupo e é adotada a resiliência

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Por que uns têm sorte e outros não?

O mercado está cheio de profissionais parecidos com você, com formação semelhante à sua e com muitas das suas competências. Não adianta: a máxima é válida para todos. Sorte só existe para quem está preparado !

Texto extraído do site http://www.administradores.com.br/

Não adianta: a máxima é válida para todos. Sorte só existe para quem está preparado. As grandes "coincidências" – como estar no lugar certo, na hora certa e conhecer a pessoa certa – de nada têm valor se você (você mesmo) não tiver as competências necessárias para abraçar a oportunidade que se apresenta.


O mercado está cheio de profissionais parecidos com você, com formação semelhante à sua e com muitas das suas competências. Longe de rotular você como produto, muitos empregadores (reais ou potenciais) lhe veem sob o ponto de vista dos benefícios que pode trazer para a organização que lhe emprega. Quanto mais benefícios, mais valor você terá. Pode parecer simplista, mas é exatamente esta ótica, muito bem explorada por Zeithaml e Bitner (2003) que traduz a relação de valor na prestação de serviços (como o são as atividades desempenhadas nas organizações).

Quanto maior for o valor percebido, maior será o preço. Analogamente, mais benefícios, mais valor, melhor remuneração (seu preço). Não é nossa pretensão fazer qualquer subversão à ordem com que muitos analistas de RH tratam a questão, mas repare: só as pessoas bem preparadas têm bons contatos; as outras também têm contatos, mas raramente geram boas oportunidades de emprego. Não é difícil notar que quanto menos benefícios determinado profissional tem a oferecer, maior é a probabilidade de que outros profissionais o possam substituir.

Se você acaba de concluir seu curso superior, parabéns! Sabemos de todo o esforço que empreendeu para que pudesse atingir mais este degrau. No entanto, não se iluda: apesar dos muitos que deixou no degrau inferior, há vários a dividir o seu degrau e, muitos outros, ainda, nos degraus mais acima desta escada de competências.

A oferta de profissionais perfeitamente substitutos é grande e, Adam Smith não teria dificuldades em nos fazer ver que é este o principal causador da baixa remuneração oferecida. Entretanto, em paralelo, crescem as alternativas para aprimoramento profissional; em essência leia-se: meios para agregar valor aos serviços por você oferecidos.

Proliferam-se os cursos de pós-graduação lato sensu ou especializações. Na prática, no Brasil, não há diferenças significativas entre um curso de lato sensu e um MBA – Master in Business Administration: ambos certificam o concluinte como especialista. Os cursos de MBA em outros países, podem assumir correlações diferentes, avaliados e reconhecidos (ou não), aqui no Brasil, pelo MEC, conforme critérios específicos.

Não me atreveria dizer quantas são as instituições de ensino e quantos são os cursos de pós-graduação oferecidos atualmente no Brasil – até mesmo porque, enquanto você lê este texto, novos cursos são lançados. Escolas cujos cursos de graduação são percebidos como de boa qualidade, tendem a oferecer cursos de pós-graduação que, normalmente, têm igual percepção pelo mercado.

Mas se este é um dos critérios para escolha por curso de pós-graduação, há outro bem mais importante: saber mais, potencialmente fazer mais e, com isso, aumentar os benefícios que oferece ou pode oferecer às organizações que o emprega. Aqui cabem parênteses: aumentar pressupõe fazer crescer algo que já se tem. Desta forma, o curso de pós-graduação deve ter aderência a curso de graduação (de extensão ou outro) anteriormente concluído e os cursos subsequentes, tanto mais com os anteriores, numa cadeia crescente de conhecimento, capaz de ser aplicado ao cotidiano organizacional.

Isso, entretanto, demanda investimentos nem sempre disponíveis aos profissionais. Quando oportunizados pela empresa, ainda melhor; mas não atribua a ela a responsabilidade pela sua carreira, a carreira é um ativo que lhe pertence, portanto, cabe a você cuidar dela.

Diante da necessidade de aumentar seu valor, o profissional tem como alternativa cursos livres ou de extensão, cujas cargas horárias costumam ser menores (1) e que não exigem à participação, formação em nível superior. Normalmente, são cursos onde a troca de experiências é mais limitada – principalmente pelo menor tempo de convivência entre os participantes.

Decerto há outros fatores determinantes na escolha dos caminhos para aumento do seu valor profissional percebido. Muitos poderão considerar o montante do investimento, os ciclos de vida em que se encontram, os projetos de curto prazo .... mas em todos eles, aproveite para desenvolver também sua rede de relacionamentos pois quantos mais souberem e reconhecerem os benefícios que você tem condições de disponibilizar, maior será a sua sorte.

André Acioli - é mestre em Administração pelo Coppead/UFRJ, professor, consultor de empresas e fundador do Boteco do Conhecimento. Além de ministrar aulas pela Mackenzie Rio e pelo IBMR-Laureatte, conduz palestras e treinamentos sobre os temas Gestão, Marketing, Negociação e Relacionamento.

Augusto Uchôa - é graduado em Comunicação Social pela ESPM, mestre em Administração de Empresas pelo Ibmec-RJ com especialização em Marketing, doutorando pela Coppe/UFRJ, consultor de empresas e fundador do Boteco do Conhecimento. Atualmente ministra aulas pelo IBMR-Laureatte e palestras sobre os temas Marketing, Negociação, Serviços e Relacionamento



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Difícil fazer negócios

Difícil fazer negócios




Marcos Cintra




A dinâmica da economia mundial mudou. Os emergentes crescem mais rapidamente que os países desenvolvidos, e apesar de continuar havendo grande interdependência, eles podem continuar crescendo, até mesmo puxar a economia mundial, mesmo com a desaceleração dos ricos. Nesse sentido, o Brasil precisa assumir o seu papel de uma das mais importantes e poderosas economias emergentes do mundo.



Ocorre que a economia brasileira tem sérios obstáculos que impedem que seu potencial seja concretizado. Estudos identificam os empecilhos nas instituições, tidas como ultrapassadas e ineficientes. Reformá-las seria a chave do sucesso, mas nada anda e nós vamos perdendo oportunidades. De acordo com o Banco Mundial, o Brasil continua sendo um das economias mais difíceis do mundo para fazer negócios. Em seu último relatório ("Doing Business 2008") o país ocupa a 122ª posição, a mesma de 2005, num rol de 178 nações. Em comparação a anos anteriores a situação brasileira permanece incômoda. Em 2007 foram considerados 175 países e ficamos na 121ª posição e em 2006 analisou-se 155 economias e o país ocupou o 119º lugar. Dentre os 10 itens considerados para a classificação de cada país no ranking final a melhor posição do Brasil refere-se à proteção ao investidor (64º). Depois vêm pela ordem: obtenção de crédito (84º), comércio internacional (93º), cumprimento de contrato (106º), obtenção de alvarás (107º), registro de propriedade (110º), contratação de funcionários (119º), abertura de empresas (122º), fechamento de empresas (131º) e pagamento de impostos (137º).





A pior posição brasileira se refere ao pagamento de impostos. O levantamento compreende quesitos como a quantidade de tributos em cada país, o tempo gasto para atender as exigências da legislação fiscal e o percentual que os impostos representam do lucro. Vale citar que, em conjunto, esse três indicadores colocam a economia brasileira (137º) mais bem posicionada que emergentes como a Argentina (147º), Índia (165º) e China (168º), mas atrás de México (135º) e Chile (34º). Com base em um outro relatório intitulado “Paying Taxes 2008”, produzido pelo Banco Mundial e pela consultoria PriceWaterhouseCoopers, a posição brasileira despenca para 158º lugar quando se trata do percentual que os impostos representam sobre o lucro (69,2%). Pior que o Brasil nesse quesito ficam Argentina (172º - 112,9%), China (163º - 73,9%) e Índia (159º - 70,6%). O México (127º - 51,2%) e o Chile (18º - 25,9%) estão numa posição mais confortável.



A situação relacionada aos impostos se torna dramática no Brasil quando a pesquisa considera o tempo gasto por ano para cumprir a legislação em cada nação. O país ficou na penúltima posição entre os 178 países porque não há informações para a Namíbia. De acordo com o último “Doing Business”, a simplificação da estrutura tributária foi empreendida por 31 dos países considerados no levantamento. O Brasil, obviamente, não foi um deles. Muito pelo contrário, seguimos na contramão tornando um sistema ruim cada vez pior. Ainda mais quando abre mão do único tributo simples e barato que era a CPMF. A contradição entre o potencial do Brasil e as condições objetivas nas quais sua economia funciona é causa de perplexidade.





Sabemos o que devemos fazer, temos modelos a seguir, mas não conseguimos superar os obstáculos. Nossas instituições são ruins e não estimulam o crescimento, apesar das constantes tentativas de implantação de reformas de todo o tipo. Em muitos casos existem boas leis, mas que aqui não parecem funcionar. A realidade é que não basta reformar. É preciso operar melhor. Um instigante trabalho do National Bureau of Economic Resarch (working paper 10568) indaga sobre a causa do crescimento econômico, e testa a hipótese de que é a existência de boas instituições que motiva o desenvolvimento. Surpreendentemente o estudo constatou que a causa do crescimento econômico é a educação, e que esta gera boas instituições propiciadoras de alto desenvolvimento econômico. É nisso que o Brasil precisa pensar mais seriamente. De que vale melhorar as condições materiais e fazer amplas reformas institucionais se o recurso humano ainda é deficiente e mal preparado? Os estudos mencionados acima mostram onde devemos aperfeiçoar nossas instituições, mas de que vale melhorar o ambiente institucional se acabam sendo pérolas jogadas aos porcos?




Marcos Cintra é doutor em Economia pela Universidade Harvard (EUA), professor titular e vice-presidente da Fundação Getulio Vargas.