quarta-feira, 3 de março de 2010

Caros amigos, mais uma EMPREENDEDORA. Empresária começou revendendo bijuterias da 25 de Março e hoje é dona de sua própria marca


Empresária começou revendendo bijuterias da 25 de Março e hoje é dona de sua própria marca
Palavra chave: Empreendedorismo
O negócio, que hoje tem três lojas abertas, começou na faculdade para dar asas à veia empreendedora de Fernanda Mion



O começo do negócio: Fernanda Mion pegou R$ 2 mil emprestados com o pai, comprou bijuterias na rua 25 de março e começou a revender para amigas e colegas da faculdade

A empresária Fernanda Mion cursava rádio e TV em São Paulo, mas tinha dificuldade em encontrar o seu lugar na profissão que estudava. Ela chegou a pensar em desistir da faculdade porque não tinha afinidade com aquilo. Sua cabeça esteve sempre envolvida na vontade de ter o seu próprio negócio. Em seu segundo ano de faculdade, aos 19 anos, resolveu usar o tempo livre para empreender. Pegou R$ 2 mil emprestados com o pai e foi até a rua 25 de março, reduto de compras popular em São Paulo, e comprou bijuterias para revender para amigas e colegas da faculdade.

Depois de um ano, com o negócio caminhando bem, Fernanda recebeu uma proposta da gerente da loja onde comprava as bijuterias. “Ela me perguntou se eu gostaria de conhecer a fundição do irmão dela e fazer as minhas próprias peças”, relembra. Já com o costume de reinvestir no negócio todo o dinheiro que ganhava com a venda de bijuterias, Fernanda contratou a fundição e deu início à produção de suas próprias peças. Inicialmente eram apenas pulseiras - sua peça de bijuteria favorita, mas depois ela criou uma coleção completa. “Foi aí que começou realmente a surgir a empresa. Eu trabalhava em casa, mas comecei a ter revendedoras, amigas minhas de faculdade e outras conhecidas”, diz a empreendedora. As novas vendedoras acabaram aumentando a propaganda boca-a-boca, o que a ajudou o negócio a decolar.

Fernanda chegou a se formar, mas nunca exerceu uma profissão relacionada a rádio e TV. Mesmo com o diploma na mão, optou por trabalhar com o que realmente tinha talento. “Foi o tempo de eu me formar, terminar a faculdade e saber exatamente o que queria”, diz.

Na estrutura da empresa, Fernanda cuidava da criação e uma amiga da produção, mas ainda faltava alguém no administrativo. A alternativa veio de dentro de casa mesmo: sua mãe, que antes trabalhava no supermercado da família. 


A Fernanda Mion Acessórios tem três lojas na capital e Grande São Paulo, além de 50 revendedoras
Após quatro anos trabalhando em casa, a empresária quis dar um passo à frente. Quando tinha o suficiente para investir em uma loja, Fernanda decidiu arriscar. “Para montar a loja contamos com crédito bancário e dos fornecedores”, afirma. Na mesma época, o pai de Fernanda vendeu o supermercado e também foi trabalhar com a filha, ajudando na parte administrativa. Para a empresária, a ajuda dos pais foi fundamental para que ela pudesse focar na criação das peças. “Eles não são formados, mas têm um grande tino comercial”, diz. Então, com um investimento de R$ 50 mil, em 15 de fevereiro de 2008 ela inaugurou a loja Fernanda Mion Acessórios na Aclimação, em São Paulo. Segundo Fernanda, o negócio começou a se pagar imediatamente.

O grande problema enfrentado pela empreendedora foi sua pouca idade, que gerava certo preconceito. “Era difícil as pessoas acreditarem em mim. Existia o receio de se eu sabia realmente o que estava fazendo”, conta. Para a empresária, vencer esse obstáculo e estabelecer-se no mercado com credibilidade foi seu principal desafio. Hoje, as dificuldades são as comuns do mercado, do dia-a-dia, que são cuidar dos investimentos, lidar com fornecedores, clientes e administrar a marca. “Dificuldades que qualquer pequeno empresário sente”, completa.

Desde então, Fernanda abriu mais duas lojas, uma em Guarulhos, na Grande São Paulo, e outro no bairro de Santana, na capital. As duas por licenciamento. O negócio dobra a cada ano e em 2009 a loja registrou um faturamento de R$ 4 milhões. O time tem 12 funcionárias e cerca de 50 revendedoras na capital, interior e litoral. Contudo, ela não pretende parar por aí, até porque as propostas de negócios estão aparecendo. “Tenho a intenção de expandir. Esse ano quero consolidar a marca para mais adiante adotar o sistema de franquias. Quero pelo menos 100 lojas espalhadas pelo Brasil”, encerra a empresária, otimista com seus planos.

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